"Amei e odiei como toda gente, Mas para toda a gente isso foi normal e instintivo. E para mim foi sempre a exceção, o choque, a válvula, o espasmo" (F. Pessoa)

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Two Birds

4 de agosto de 2009 | Dhay

É difícil dizer o que eu sinto por você.
Nunca te encontraram, ninguém tem nenhuma foto sua.
Então como eles vão entender o seu mistério? Vamos dar uma pista.
Dois pássaros estão em uma árvore. Um come cerejas, o outro só olha.
Dois pássaros voam pelo ar.
A canção de um soa como cristais caindo do céu, o outro fica calado.
Dois pássaros voam em direção ao céu.
Um captura a luz em suas penas prateadas, enquanto o outro abre as asas da invisibilidade.
É fácil dizer qual pássaro sou eu, mas você nunca vão achar. A não ser ....
A não ser que eles já conheçam um amor que nunca interfere, que observa do além, que respira livre no ar invisivel. Doce pássaro, minha alma, seu silêncio é tão precioso. Quanto levará para que o mundo ouça sua canção na minha? Oh, é este dia que eu espero!
(Dois passaros - Michael Jackson - Dancing the dream)

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Tanto de meu estado me acho incerto...

3 de agosto de 2009 | Dhay

"... É tudo quanto sinto um desconcerto;
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio,
Agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao Céu voando;
Numa hora acho mil anos, e é de jeito
Que em mil anos não posso achar uma hora..."



Ah, Camões!! Um de meus escritores prediletos!
O primeiro que me "fisgou" na literatura. Não lembro em qual momento, mas foi à sua obra que dediquei minhas primeiras leituras fervorosas à literatura. Me descobri, derepente, apaixonada por Camões. Até hoje! Pudera, né? Quem descreveria melhor o momento AGORA, se não estes versos?!

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Bela, Belissima, Florbela

30 de julho de 2009 | Dhay

Florbela Espanca é uma das minhas poetisas de cabeceira. Incrível como ela fala de amor de forma que nunca soa brega e nem "piegas". Não tão retratada ou referenciada como tantos outros que até me aumentam o diabetes por versos tão melosos...
Gosto da recomposição do sofrimento, da intensidade e paixão que a Florbela faz tão genialmente...

Amar
Florbela Espanca

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...

Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

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>> Dois Horizontes

16 de janeiro de 2009 | Dhay

Dois horizonte fecham nossa vida:
Um horizonte, — a saudade
Do que não há de voltar;
Outro horizonte, — a esperança
Dos tempos que hão de chegar;
No presente, — sempre escuro, —
Vive a alma ambiciosa
Na ilusão voluptuosa
Do passado e do futuro.

Os doces brincos da infância
Sob as asas maternais,
O vôo das andorinhas,
A onda viva e os rosais.
O gozo do amor, sonhado
Num olhar profundo e ardente,
Tal é na hora presente
O horizonte do passado.

Ou ambição de grandeza
Que no espírito calou,
Desejo de amor sincero
Que o coração não gozou;
Ou um viver calmo e puro
À alma convalescente,
Tal é na hora presente
O horizonte do futuro.

No breve correr dos dias
Sob o azul do céu, — tais são
Limites no mar da vida:
Saudade ou aspiração;
Ao nosso espírito ardente,
Na avidez do bem sonhado,
Nunca o presente é passado,
Nunca o futuro é presente.

Que cismas, homem? — Perdido
No mar das recordações,
Escuto um eco sentido
Das passadas ilusões.
Que buscas, homem? — Procuro,
Através da imensidade,
Ler a doce realidade
Das ilusões do futuro.
Dois horizontes fecham nossa vida.
(Machado de Assis)

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Dois

12 de agosto de 2008 | Dhay

Dois...
Apenas dois.
Dois seres...
Dois objetos patéticos.
Cursos paralelos
Frente a frente...
...Sempre...
...A se olharem...
Pensar talvez:
“Paralelos que se encontram no infinito...”
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas.
(Pablo Neruda
)

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