Two Birds
4 de agosto de 2009 | Dhay
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Tanto de meu estado me acho incerto...
3 de agosto de 2009 | Dhay
Ah, Camões!! Um de meus escritores prediletos!
O primeiro que me "fisgou" na literatura. Não lembro em qual momento, mas foi à sua obra que dediquei minhas primeiras leituras fervorosas à literatura. Me descobri, derepente, apaixonada por Camões. Até hoje! Pudera, né? Quem descreveria melhor o momento AGORA, se não estes versos?!
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Bela, Belissima, Florbela
30 de julho de 2009 | Dhay
Florbela Espanca é uma das minhas poetisas de cabeceira. Incrível como ela fala de amor de forma que nunca soa brega e nem "piegas". Não tão retratada ou referenciada como tantos outros que até me aumentam o diabetes por versos tão melosos...
Gosto da recomposição do sofrimento, da intensidade e paixão que a Florbela faz tão genialmente...
Amar
Florbela Espanca
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
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>> Dois Horizontes
16 de janeiro de 2009 | Dhay
Um horizonte, — a saudade
Do que não há de voltar;
Outro horizonte, — a esperança
Dos tempos que hão de chegar;
No presente, — sempre escuro, —
Vive a alma ambiciosa
Na ilusão voluptuosa
Do passado e do futuro.
Os doces brincos da infância
Sob as asas maternais,
O vôo das andorinhas,
A onda viva e os rosais.
O gozo do amor, sonhado
Num olhar profundo e ardente,
Tal é na hora presente
O horizonte do passado.
Ou ambição de grandeza
Que no espírito calou,
Desejo de amor sincero
Que o coração não gozou;
Ou um viver calmo e puro
À alma convalescente,
Tal é na hora presente
O horizonte do futuro.
No breve correr dos dias
Sob o azul do céu, — tais são
Limites no mar da vida:
Saudade ou aspiração;
Ao nosso espírito ardente,
Na avidez do bem sonhado,
Nunca o presente é passado,
Nunca o futuro é presente.
Que cismas, homem? — Perdido
No mar das recordações,
Escuto um eco sentido
Das passadas ilusões.
Que buscas, homem? — Procuro,
Através da imensidade,
Ler a doce realidade
Das ilusões do futuro.
Dois horizontes fecham nossa vida.
(Machado de Assis)
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Dois
12 de agosto de 2008 | Dhay
Apenas dois.
Dois seres...
Dois objetos patéticos.
Cursos paralelos
Frente a frente...
...Sempre...
...A se olharem...
Pensar talvez:
“Paralelos que se encontram no infinito...”
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas.
(Pablo Neruda)