For all Time
21 de julho de 2009 | Dhay
Quanto mais agitado lá fora - por dentro - mais calma estarei.
O contrário também é valido.
Ela olhava "aperreada" toda a calmaria natural do carinho. Tudo em seu devido lugar. Meia-luz, coração inteiro; e atordoado. A leveza dos olhares ocultavam a ardência sub-humana. Era um tal de saber exatamente o que fazer que a irritava. Instintos naturais tão indomados.
Ele a observa como um quadro que acabara de ganhar vida após o seu toque. Ela o rejeitava como uma moldura que iria pendurar-lhe à parede. Ele solfejava o seu amor. Numa melodia encantadora. Ela rearranjava a melodia, queria alcançar - junto com ele - outras alturas. E lhe pedia que não tivesse pressa, amasse-a devagarinho, mas tanto quanto pudesse naquele compasso. Não se deixando desviar do caminho natural do arranjo... esquecendo de lembrar que tudo pode ou não ser "pra sempre". Então, vestiu-se de sua paixão e se despediu. Surpreso pediu que ela ficasse. Em seu egoísmo inato disse-lhe que precisa estar em seus braços para longe deles poder curti-los melhor. Precisava respirar ares que não poderia dividir com ele. Sua solidão era tão importante quanto o calor dele. Uma consequência necessária para ela.
Ele: - És minha, não devo me preocupar então, não é?
Ela: - Talvez deva..
Ele: - Devo?
Ela: - Atraída pela sensibilidade e percepção, rejeito fraquezas e falsos domínios de uma porta fechada ou semi-aberta.
Uma pena! - pensou. E, dele, levou a última gota de saliva que lhe permitira. O mais ela sabe como completar em sua solidão, respirando o ar que lhe refrescar. Saciando-se das sensações outrora vividas, o sentindoo poder de tantas outras... já experimentando-as. Fabuloso este pensar e sentir. Inalcansáveis e intocáveis. Tem algo de muito encantador nestes desejos imaculados.
Quando despertos não há "pra sempre" que possa finaliza-los.
"For all time" .
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