poros
3 de julho de 2009 | Dhay
Um olhar atirado. Repentinamente acerta a mira, sem previsão alguma. Acontece de forma que o que eu tentava demilitar perde todos os limites, tornando tudo a volta tão pequeno. Ampliando os mais intensos sentimentos. As possibilidades brotam em olhares esquecidos dentro e sobre mim. Obstaculos, pouco a pouco, vou recriando para manter a crença, o sonho irrealizável. E desde sempre ocultando, distraindo o óbvio. Acreditei na entrega, sabendo que não a faria. Sob um binóculo, desanima-me a certeza de não ter conseguido. E nem sei o quanto tentei mesmo. Embora tenha ido longe demais, que quase não pude voltar. Mas sei que proporcionalmente ao sentir deveria nem ter voltado de tão mais longe que poderia ir. Ou não! Talvez nem possa, apenas deseje ir. As vezes acho qté que não quero. Por outro lado, quando aceito ir.... o estímulo parece tão precário ou a recepção tão menos calorosa qto merecia que penso que o mximo do merecimento era este destino de tão poucos passos. Mas, pouquissimas vezes cheguei no ponto de querer ir mais além. Talvez duas vezes... uma mais além que outra. Outras (se não todas) construi todo ou cenário para convencer a mim mesma de que esta seria a hora... Um passo apenas, uma palavra certa. Uma mão pra alcançar o piso superior. Uma só atitude de construir nuvens e ver estrelas de pertinho.
Despertar... um simples despertar. Um lápis colorido, talvez. Qualquer passo pra fazer-se mágica. Exigência minha, entre tantas, se não for assim... NUNCA SERÁ!
Não deveria classificar exigencia, na verdade um limite. Limite que mantenho a minha liberdade.
Liberdade de sentir. Há de ser livre para não ser contido. Quero que transborde e percorra todo meu corpo, minha pele. Que encontre a volta em meus poros. Renovado e possa novamente transbordar num ciclo incessante.
E percebo esta intensidade de sentir, de admirar-se com o que parece tão óbvio no espelho, grita tão alto agora. Talvez seja meu escape. Talvez apenas mais uma verdade. E a do momento é esta: encanto! Pelo que meu olhar, agora, alcança. Incrível minha necessidade de encantos e mágicas. Como um ponto de referência. Que vem de dentro e salta para fora. E vivo esta intensidade. Intensifico ainda mais. Alimentando minha alma perdida em emoções cada vez maiores. Colocando-me na posição de fazer parte da historia e uni-la a mim. Gosto de dois sendo um. Mesmo que um par. Gosto do espelho complementar.
Meu peito enche-se de uma calorosa compreensão de amor e admiração. E vejo que estive, mas quis SER. Relembrando verdades e aceitando uma nova mentira. Que poderia ser verdade...
Poderia, porque parece muito tarde para ainda ser!
Duvido do mínimo de vontade de reverter ....
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